segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Eu aconteço com você

Eu queria te desenhar o amor.
Para que no deslumbre da sua dimensão, refletisse nossos olhos absolutos advindos do mais supremo querer.
E assim, nas formas magnéticas dos nossos sorrisos azuis , fôssemos sempre guiados pela urgência que pulsa no peito, que respinga no jeito, e perdura no sublime dos sonhos para que a gente possa sempre ser e estar.
Eu aconteço com você no amor. E para qualquer lugar além da nossa sorte.
E te sorrio, benditas quantas forem as vezes que o seu colo quiser me pertencer.
Porque eu me encontrei quando me tornei sua alma, sua calma e toda a complexidade que me fez te amar.
Par-de-um.
Por nos permitimos pulsar num só coração, e por sermos inteiros o bastante para alcançar as sentimentalidades necessárias para nos eternizar.
E hoje, adormecendo o caminho que um dia foi algoz, sinto você debruçado no meu peito com a leveza de uma criança que em tudo enxerga raios de luz, e que no vento desenha as flores da nossa paz.
Também por isso eu te amo.
E em todas as vidas vamos compartilhar dessa cor que pinta nosso céu infinito de luz, e dessa maestria do amor: a arte de verdadeiramente encontrar.



Felicidade eterna para nós, meu amor.

domingo, 3 de outubro de 2010

Infindo

Me reconheces, saudade?
Do tempo que nos cabe, sou no seu todo esse tanto amor
Ainda que a vida desate as sentimentalidades, para que no tempo de depois…
Eu, você, e o amor…a gente se reencontre de onde nasceu. Sempre e mais uma vez.
Por isso sou também do tamanho dessa distância límpida
E  desse coração que (por vezes) introspectivo, te encontra no caminho firmado à glória
E que no gosto da volta, reconduz ao fruto que pensou haver esquecido.
Repare no meu par de olhos: há essa luz infinda como você;
Doce lembrança do meu perpétuo atalho de paz,
Cor de meu céu azul, testemunha do que é meu viver.
Por você.
Ainda que longe, e para sempre de perto,
[In] Terno.
Então pulsa, explode, [ins] pira.
Por isso eu volto, e sou pra você aquilo que vier a ser
E vivo. Para ser seu amor e festejar.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Aprendiz da solidão

Eu pensei te acariciar nos meus braços de Outono. Mas o frio que tinta o nosso quarto revela a vasta imensidão de não ter você.
Eu te desejei enfim, até chorei por nós. Mas vi em pedaços todo aquele amor que um dia nos fez maior. E hoje, restou esse grito abafado (o silêncio que rompe esse céu já aberto) e a infeliz lembrança dos nossos olhos de tarde demais.
Desencontro com o amor. Não soubemos lapidar suas imperfeições tão perfeitas.
Pra você foi perda de tempo (que procura um abrigo imaginário na sua inaptidão de sonhar)
Pra mim falta de tato (quando achei ser capaz de te ensinar de amor).
Pobre do seu coração, capaz de subverter a coisa límpida nesse cenário de vazio e retenção.
Triste por você, somente um corpo. Pálido e sem pertencimento.
Agora entenda... Ainda que sem você saberei voar. Curado e alado.
E assim me aceite, como uma evolução do que você não soube ser
E me desperdice um pouco mais. Para que a solidão te ensine a sonhar.

domingo, 19 de setembro de 2010

[Re] Começo

Num pedaço de tempo não houve palavra. No espaço entre os sonhos não alcancei inspiração.
Ouvi histórias de Chico, de Caio, de Vitor… E Saulo susurrou ao meu ouvido as letras que em mim agora fazem sentido.
Vida própria; lápis, sentimento e papel.
Cores vivas; vida, poesia e pincel.
Me encontrei perdida de mim. Mas loucura é perder e deixar escapar.
Então escutei. Exercitei.
Era sonho e eu enxerguei aqueles lábios dourados se transformando no sorriso incentivo. Meus olhos se abriram e eu era mais uma vez palavra.
Num mar de encantos, pura, púrpura poesia.
E meu caminho será para onde todos os sonhos me guiarem…