quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Por quem acredita...

“As palavras dela são de uma cor sagrada”. Um dia me disse o Mestre.
Tão forte que me fiz acreditar. Me fiz poeta.
Escrevendo conheci mais de mim, e inspirando saboreio mais amor.
Me sinto viva, e poesia. Respirando verdades despidas de qualquer mal que apoquente o peito.
E pelos meus olhos, sinto o mundo musicar um brilho em forma de ais.
Sinto leve até o cheiro da dor, e carrego sutilezas em porta retratos que se nutrem de um amor imenso beirando a eternidade.
Gosto desse gosto de ser eterna. Na minha “versão mais de dentro possível.”
Palavras e sentimentos grafados em sonhos e papéis de carta que resistirão à tempestade dos ventos finitos, e eu serei o sempre. Porque compartilhei um pouco de mim, rabisquei as folhas que imaginei serem nuvens de algodão e aprendi a maestria dos meus lábios se alargarem feliz.
Pareço perfeita. Mas sou uma imperfeita humana com traços de girassol e cor de sonhos. E que acredita.
Isso me basta. Sou o amor, aquele que acredita. E“Uma mulher dentro dos seus sonhos mais naturais.”
E mais adiante, em outras vidas, que eu ainda possa ser poesia. Caso contrário, não sei se saberei viver.