terça-feira, 29 de julho de 2014

Desenhei você dentro de alguma esperança finita.
Logo eu, que nunca idealizei amanhãs a dois...
Fui capaz de te guardar nessa fração de segundos do depois.
Por pouco tempo, confesso. Num piscar de olhos.
As infinidades que me pertencem você desconhece.
E eu precisava estar pronta para este momento.
Estou te dizendo adeus, meu amor.
Nessa poesia que ainda goteja encantamento.
Hoje não saberei olhar seus olhos
Nem decifrar palavra alguma além dessas linhas
Porque seus traços ainda estão em mim
E você era tudo que me fazia voar.
Mas eu fujo!
A cada vez que não encontro plenitude.
Toda vez que sobra saudade e falta espaço.
Fujo como quem conhece do amor e sabe quando pousar.
Então te aceitarei como minha linda lembrança
E o sonho de amor que eu ousei sonhar.
Mas se a saudade ainda te visitar, aperte bem seus olhos.
Os encontros tem dessas sutilezas...
Nunca deixaremos de estar.
Trans-bor-dar o amor nessas linhas
Permitir o olhar escorrer
Salivar e buscar o outro sentido.
De-com-por em prosas e versos...
É iniciado o fim.
Ser particípio. Passado.
E uma lembrança que ficou.
Morte a esperança!
E não se pode sonhar.
A saudade é um mundo maior
Que já não nos cabe.
Recolher-se então ao silêncio,
Numa janela voltada ao vazio.
Desconhecidos lugares...
Onde abraços já não se reconhecem.
Um futuro lhe restaria
Se tivesse cuidado das flores.
Arriscaria mais uma vez
Mas findou-se o tempo,
Calaram-se as notas,
E toda minha suavidade.
Deixei sua tez, e fui silente...
Te carregando sob meu infinito
Um samba pra dizer adeus.

Talvez eu te esqueça
E desconheço esse caminho
Sua presença fez falta
Quando na estrada me vi sozinho.

De tanta espera se fez saudade
E de saudade, enfim chorou
Sorriso frouxo ficou de canto
Chorou aos prantos, a dor do amor.

E lá se foi mais uma história
De tantas estórias que ela contou
Quando pousou no seu abraço
E do seu descaso ela voou.

Adeus te disse em prosa e verso
E esse samba de certo, acabou
Pegou sua viola na estrada
Chorou mais nada, que a dor do amor.
Pode fechar a porta e se permitir ficar.
Não há mais o que temer
Nem desvendar.
Meus mistérios pertencem a seu corpo
E eu apenas fechei os olhos...
Pensar me faz enxergar muito e além
E por você posso ficar cega de amor.
Por isso te sinto.
Sem ansiar o minuto do depois, nem o amanhã.
Hoje meus suspiros encontram sua suavidade
E eu vou sonhar.
Sem esperar mais qualquer sentimento que me caiba.
Tanto amor me basta e completa.
Mas te escolhi para compartilhar.
Então também feche os olhos.
Me aceite e abrace forte.
O amanhã ainda não acordou.
E ainda há tempo para nós dois.
Lá fora a noite escorre e grita,
E dentro de mim cabem todos os seus medos.
Ainda te ouço sussurrar: “quero a sorte de um amor tranquilo”
E eu te prometo toda loucura dessas sentimentalidades nuas.
Mas se assim preferir...
A porta ainda está aberta
E as possibilidades são infinitas.
E aqui permanecerei – suspirando só amor.
E assim saberei
Inteira e (In) Certa.
Desenhar meus recomeços.
Sim.
Para o fim das nossas quase certezas.
Diante dos meus olhos era tanta beleza, que não ousei desacreditar.
Quis ser sonho, encanto ou algo maior.
Ansiei ser par. Mar. E o céu de nos caber.
Fui uma flor em poesia sem fim.
Mas de infinito, restaram apenas essas linhas
Minhas!
Que já não lhe cabem.
E esse tanto de amor, que de mim faz parte.
E essa estranha dor?
Ah, humanos!
Posso fechar os olhos e permitir o sabor de duas lágrimas de canto;
Posso deixar morrer por instantes a suavidade do peito;
Mas minha maestria é sonhar.
E eu volto ao balançar da minha rede de sentimentalidades nuas.
Eu volto quando sei.
Quando é.
Quando está.
E quando a alma gritar a hora do recomeço.
Queria poder te dizer das flores sob meus olhos
E do sorriso no peito que te guarda em sonhos.
Queria poder te dar toda a calma,
A alma, e todos os meus pedaços num só abraço.
Agora só seu.
Queria cantar com você sobre os medos.
Contar nossas estrelas em sutil segredo
E ser sua melodia, som, cor e luz.
Queria ser céu. Queria ser com você.
Nesse cheiro de amor que já está.
Queria o sempre. E permanecer.
Nessa vida nossa que está por vir.
E findar.
A qualquer infinito que fosse
Mas ao seu lado me bastasse
Adeus.
Disse em linhas tortas
Em descaminhos com meu coração.
Quis ficar.
Repousar no silêncio do seu colo,
Respirar meu desejo no seu corpo,
Sem saber do depois,
Do amanhã e do talvez.
Mas tive que partir
Sem deixar rastros de esperança,
De saudade,
Ou coisa qualquer que pulsasse seu nome.
Ansiando ficar, eu parti.
É forte demais pra ser metade.
É amor demais pra você desmerecer.
Então eu sangro.
Permito duas lágrimas escorrerem.
E é o seu gosto que amarga meus lábios
Embora ainda exista amor.
E meu coração se lança pelas ruas
Becos, frestas, faltas e afins.
Mas não encontra paisagens.
Entre infindos nomes, faces, cheiros, jeitos...
Só reconhece o seu.
O céu (que já não nos cabe).
Perdeu-se o riso, o tato, o ritmo.
Findou-se a história.
Restou ausência. Talvez lembrança.
E a morte dos nossos versos.
Olhos fechados
E desenhou-se num sonho,
Encanto e Encontro.
Uma espécie de magia,
De seus braços brincando com meu querer,
O seu suspiro cortejando meu paladar
E eu sabia de você ali.
Inteiro e entregue.
Escorrendo seus olhos sobre minha pele
E moldurando meu corpo,
Céu seu!
Não interrompeu o beijo,
E o jeito era de amor.
De todos os sorrisos estampados ali,
Mãos contornando poesias no ar,
E toda espera tornou-se infinito.
Vivo.
Desde a primeira vez que te vi.
Até onde a saudade ousar nos guiar
Para ao seu lado,
Todos os dias, amar de novo.
Sobre saudade.

Três da manhã.
E o silêncio é a moldura do quarto.
Janelas abertas são os meus olhos
Ansiando o amor chegar.
Tic tac.
Pulsa lentamente o peito
E o cheiro é de saudade
Do que foi demora em amanhecer e te fazer ficar.
Abrace-me forte!
Fique para sempre e um pouco mais
Nesses braços de caber seu mundo inteiro
E essa escrita de amor sem fim.
É doce o seu silêncio,
Sua falta,
Sutil distância
E devoção pela saudade.
Gosto da lonjura que nos guarda
Nos salva
E nos mantem.
Mas caminho dentro de lembranças
E não sei desdizer o que sinto
Quando em todo tempo
Meu peito inaugura mais amor por você.
É anseio por tocar o que pulsa aí dentro;
Um pouco de sua paz
Seus olhos de sossego
E seu aconchego ao meu lado.
Felicidade são suas certezas
E não há distância para doer
Porque sei de você
Até onde nos cabe
E que sentimento nos (e)leva.
Sim! Há sua voz em meu ouvido
E um imenso querer.
Sei que também tenho pressa,
Mas quero tocar seu amor.
E fazer voar até você
Minhas linhas de saudade.
Não tenho encontrado meu sono.
Meus sonhos, espaços e esperança.
Ou coisa qualquer que exale vida
Que me envolva novamente em você.
Sua ausência grita!
E não dá conta da minha insônia
Seu passo em falso é o que me assombra
Quando toda minha querência explode!
Desde que você se foi
Desde que a saudade doeu em mim
E eu quis chorar.
Não há resquício qualquer que lembre nós dóis.
Seus risos, a toalha molhada na cama,
Os discos de vinil e até seus trejeitos
Tudo virou pó.
Um nó nos meus sonhos
E minhas lembranças agora são confusas
Eu não sei de você.
Encontrei o fim de nós.
E não saberei continuar...
Com esse infinito gritando dentro de mim.
P.A.U.S.A.

São pálidas essas palavras.
Tem gosto de caos, segredos e solidão.
Linhas aflitas sem sinceros alentos.
Bem vinda dor!
Para ser um doce sacrifício aos meus olhos.
Estou vagando por algum precipício
Repleto de poesia querendo brotar
Mas que chora canções de saudade
E se lança num caminho de se encontrar.
Mas o rumo é para não sentir.
Não saber de amor,
E se entregar a esse vazio que me cabe.
Não há desespero.
Apenas um par de olhos vermelhos
E um coração que grita ausências.
Por tempo, é silêncio!
Uma porta fechada e a inércia.
Por tempo morrem os versos
E na volta, renascerá o amor.
E suavemente,
No repente de uma tarde cinza,
Todo sorriso reflete o seu.
É o seu olhar encaixando o meu,
Transformando tudo em azul maior.
Floresceu.
Agora sou seu tom,
Seu sabor em meus lábios
Sou seu cheiro exalando nostalgia.
Ouço cada sílaba sua de amor
E aqui dentro explode sentimentalidades,
Canções sobre nós dois
E o silêncio do nosso depois...
Quando tudo é alma
E toda hora acalma
Quando meu peito encosta o seu,
Seu abraço toca o meu
E o mundo pára
Pra gente se encontrar.
Enquanto te espero,
Sou de todo amor
Esse pedaço de lembranças
E num piscar de olhos
Sou essa saudade sem distância.
Nesse caminho de amor que te faz sempre voltar.
Se for possível, fique.
O amor pede mais;
Chances,
(primeiras e infinitas)
Poesias, linhas.
Pede o céu,
Os olhos, o tato.
Contato.
Se for possível, sinta.
A lágrima,
A coragem da dor
A saudade e o fim.
E tenha uma carta guardada.
Mas se for preciso, vá!
E silencie.
Encontre seu tempo,
Seja paz,
Prece e algo maior
E cante a solidão.
Quando for a hora, volte.
E acredite.
Há de ter esperança,
Sonho, cor e luz.
E aí permaneça
O amor soube te esperar.
Derramar a dor.
Sim.
Duas lágrimas de canto
E eu sei chorar.
É um gosto torpe que escorre
Revelando manchas na face.
Sem disfarce.
O corpo não tem forma
E a alma vaga distante
Lentamente...
Desconhece certas sentimentalidades
E busca se isolar.
Sou um canto escuro
De dias nebulosos,
De dias que você sabe do amor
Mas silente, deixa somente estar.
Sem transparecer
Sem exalar.
Hoje o que amo é silêncio
A paz e encanto da solidão
E essa poesia sem final.
Hoje o que eu sou não fala,
Não grita, hesita e não transcende.
Se cala. Em pausa.
Numa prece.
Amém.
O amor também chora.
Quero no seu sonho
(A dois)
(A sós)
(Em nós)
Entre nossos lençóis
Amar sem medir
Sem pedir licença.
Sem caber.
Quero toda pressa.
Também sua demora
Na espera de ‘nós dois’.
Sua calma me dizendo:
Amanhã, talvez depois!
Quero no seu tempo,
Dormir seus olhos
Acariciar os medos
E te dar certeza de mim.
Quero toda esperança
Desenhar as lembranças
Daquilo que ainda não foi.
Quero ser na sua beleza,
Suavidade e leveza
E esperar amanhecer.
Quero ser com você
O sonho, a cor, e tudo o mais.
E também me perder...
Pra quando a sorte nos encontrar,
Pelo brilho do olhar
Você sentir ser o amor.
O olho sorri,
Fala,
Acalma.
É encanto,
E inspiração.
De coisas raras,
De coisas sãs.
O lábio cala,
Exala,
E dilata
Se há a voz macia.
O corpo grita
Curvas,
Arrepios
E tons afins.
O sangue ferve,
De suspirar...
Pele com pele.
E a alma pede,
Suavidades
Poder e sim.
A palavra brota,
Salva e transborda,
Sementes e sonhos
Para florescer só amor.
Pode fechar a porta.
A janela, a alma, o coração.
Não há mais o que envolver.
O que entregar.
Pode conservar o amor,
Caso queira.
Mas esconda por trás dos seus olhos
E brinque de esquecer.
Não quero mais te pertencer,
Sentir o gosto, tocar o corpo, chorar suas lágrimas...
Não quero mais a explosão no peito,
As cartas com suavidade e beijos
Nem os discos de vinil no meu quarto.
Feche a retina.
De repente já é tarde,
Mas a vida passa
E até onde vai a dor?
Chorei todas as angústias com seu nome,
E inventei palavras para te salvar.
Criei destinos certos, capazes, felizes.
E hoje aqui estou, incerta!
Sem pressa de (re)viver.
Interditada numa almofada de canto,
E salivando uma saudade que não ensaiei.
Sim, é tarde.
E a vida está gritando aos meus ouvidos.
Não posso inundar a casa de ausências,
Nem te conservar vestido de nada.
Ser inerte não me cabe,
Mas quero me doer um pouco mais
Só até o sol nascer,
Para o meu coração ascender,
E dentro de mim causar um bom tempo.
Minha palavra (por você) decanta sonhos.
Desejo, fúria, medo, contentamento...
Sentimentalidades naturais.
Nosso amor também. Acredito.
Exalto cada pedaço do nosso pertencimento.
De quando sou um bicho no cio que te deseja,
Uma fera estúpida e louca que esbraveja
O silêncio que por dentro te mata...
Mas sua mulher.
Esculpida por um amor natural, sublime e seu.
Complexa. (E tanto!)
Completa. (Seu encanto!)
Sua parte inteira sem espaço para vazios
Seu mundo calado, de canto, isolado.
Sou seu espaço reservado e mais de dentro possível.
Essa arte você me ensinou.
E sim, somos um.
Minha palavra (novamente ela),
Desenha cada pedaço seu por meu par de olhos fechados,
Com um sorriso sincero de canto,
E com um coração pulsando infinidades.
Sim, meu amor.
Viajaremos juntos para além de tanto sentimento
Para além de toda sorte, bem querer e completude.
E viveremos a alegria de envelhecer ao lado.
E de saber que o nosso tempo será para sempre.
Nesse caderno cabem muitos vazios.
Demasiadas vontades, faltas e querência.
Também aceitação, amor e saudade.
Deito-te todas as noites em meu coração
E te escrevendo (tento) resisto a esse desejo.
Entorpeço-me de palavras,
De inspiração para te ter
E sou seu amor que você desconhece; entre as linhas.
Entre os sonhos, nos nossos desencontros.
Te aceito onde estiver.
E quiser.
E sei que seu lugar é longe,
Distante de tudo que desenho todos os dias para nós dois.
Fiz nossa casa no campo.
Com todas as flores de sua cor feliz.
E um quintal de sentimentos. Sinceros
Enquanto não vem,
Vivo de te ensinar a ler meus olhos
Nos meus sonhos mais reais,
E me alcançar em poesias,
Reflexo do que sou.
Aqui dentro cabe nosso mundo inteiro.
Toda a espera, alma e certeza.
E também toda falácia (realista que sou).
Mas deixei a porta entreaberta,
Se um dia pulsar seu peito,
E seus olhos sorrirem aos meus...
Te aceitarei, livre e fiel.
E a alegria será viva dentro de mim.
Urgência.
Sou eu precisando de nós.
Não é inteiro saber só de você
Preciso de todos os laços,
Abraços e carícias.
Encontros e (des).
De todas as nossas manias
E suas roupas espalhadas pela casa.
Dos seus discos de Chico na vitrola de canto
Do seu suor molhando meu corpo
E do seu silencio de paz nos meus ouvidos.
Eu preciso de nós.
Dos sóis da nossa sorte, e de toda Primavera.
Dizer eu te amo como a primeira vez
E te esquecer num canto qualquer...
Como já me fez.
Preciso de todas as faltas
E com você perto, dentro, inteiro. Incerto
De toda saudade
Dos planos, dos olhos com sono no café da manhã.
E do seu sempre atraso.
Preciso da nossa madrugada
Do abajur ligado e seus livros de cabeceira.
Do beijo de boa noite quando eu fingia dormir.
E sorria por dentro.
Preciso de você dentro do meu abraço
Entrelaçados.
Preciso da sua volta
E você de mais razões?
Preciso da sua volta
(novamente)
Naquele segundo que o tempo pára, pra gente se entregar.
Urgência.
Sou eu precisando de nós.
Não é inteiro saber só de você
Preciso de todos os laços,
Abraços e carícias.
Encontros e (des).
De todas as nossas manias
E suas roupas espalhadas pela casa.
Dos seus discos de Chico na vitrola de canto
Do seu suor molhando meu corpo
E do seu silencio de paz nos meus ouvidos.
Eu preciso de nós.
Dos sóis da nossa sorte, e de toda Primavera.
Dizer eu te amo como a primeira vez
E te esquecer num canto qualquer...
Como já me fez.
Preciso de todas as faltas
E com você perto, dentro, inteiro. Incerto
De toda saudade
Dos planos, dos olhos com sono no café da manhã.
E do seu sempre atraso.
Preciso da nossa madrugada
Do abajur ligado e seus livros de cabeceira.
Do beijo de boa noite quando eu fingia dormir.
E sorria por dentro.
Preciso de você dentro do meu abraço
Entrelaçados.
Preciso da sua volta
E você de mais razões?
Preciso da sua volta
(novamente)
Naquele segundo que o tempo pára, pra gente se entregar.
Gosto de encontrar seus olhos,
Sua pele, seus poros, seu paladar.
Gosto das borboletas que me traz.
E do jardim de emoções que me enfeita.
Gosto também da sua falta,
Da sua fala distante
E da estrada que te leva além...
Desenho sua ausência toda vez que você vai
E é tanta lucidez no meu amor!
Que não posso parar
Tanto querer não permite
E é pecado te esquecer.
Fingir, e não te bendizer.
Sou colecionador de alegrias,
Da saudade, suavidade e coisas assim...
E espero seu sorriso voltar,
Pra fazer poesia em meus lábios,
Colorir meus olhos
E te sentir aqui dentro...
No baú das minhas memórias.


Eu pensei te acariciar nos meus braços de Outono. Mas o frio que tinta o nosso quarto revela a vasta imensidão de não ter você.
Eu te desejei enfim, até chorei por nós. Mas vi em pedaços todo aquele amor que um dia nos fez maior. 
E hoje, restou esse grito abafado (o silêncio que rompe esse céu já aberto) e a infeliz lembrança dos nossos olhos de tarde demais.
Desencontro com o amor. Não soubemos lapidar suas imperfeições tão perfeitas.
Pra você foi perda de tempo (que procura um abrigo imaginário na sua inaptidão de sonhar)
Pra mim falta de tato (quando achei ser capaz de te ensinar de amor).
Pobre do seu coração, capaz de subverter a coisa límpida nesse cenário de vazio e retenção.
Triste por você, somente um corpo. Pálido e sem pertencimento.
Agora entenda... Ainda que sem você saberei voar. Curado e alado.
E assim me aceite, como uma evolução do que você não soube ser
E me desperdice um pouco mais. Para que a solidão te ensine a sonhar.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Hoje eu escrevo.
Quis te dizer adeus
Fechar a retina.
Adormecer o amor.
Mas meu talento é sonhar.
Por vezes sangro. Em vermelho denso.
Cicatrizo.
E me lanço mais uma vez a esse amor.
Mas hoje há mais um ponto.
Uma fresta.
Uma falta.
Um suspiro, e ainda minha vontade de você.
Mas seu coração repousa.
Demora. Descansa.
E não me permite te (re) encontrar.
Enquanto meu olhar te aceitava feliz,
O não olhar mais juntos
Dentro, perto, intenso...
Me fez entender;
O amor não bate na porta,
Não faz ensaios
E eu não sei te ensinar a sentir.
Sou humana.
Agora posso fugir? (pra dentro)
E deixar o vento soprar...
Colher as poesias dessa falta,
E viver a maestria dessas ausências.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Seus olhos desconhecem minhas íris
E seu tato é distante do meu querer.
Já não sei das flores.
Já não sinto o seu canto.
Seu encanto...
Ah, como brilha em meus olhos!
Mas você se distrai.
E vai.
Finge que me esquece.
E na volta te aceito entre aspas
Entre as (linhas).
E de um sorriso a outros,
Você me ensina a arte de des-que-rer
E tentar não ser esse amor
Que de mim explode.
E dessa sua distância,
Discrepância de tudo que sou,
Permito que crie asas
Que se reinvente.
Mas que me permita ser o amor.
Sem despedidas, sem data marcada,
Sem abraço pra caber...
Somente lembranças,
Pra não deixar de ser infinito.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Quero pensar em você até gastar minhas palavras,
Até que seja inventado um milagre que não pulse meu peito
E que no meu pleno silêncio, eu já não encontre nexo nem você.
Enquanto isso, sonhe com meus olhos e me ame nas entrelinhas!
E eu entenderei da arte do nosso desencontro.
Por minha aceitação caminhar lado a lado com a sua partida
E meu entendimento te fazer feliz adormecido em minha memória.
Por isso eu não te quero perto, não mais
Desejo apenas que lembre de mim
E quando sonharmos juntos numa conspiração celeste
Sorrir ao te encontrar no nosso instante de luz,
No ponto certo do nosso tempo.
E explodir.
Como quem ama!
Até voltar ao cume de humanismo passeando na sua saudade,
Uma cor que invade e craveja a minha pele
Mas que ainda assim me faz fechar os olhos e não desejar te tocar
Preferir os sonhos à uma felicidade inconstante.
E enquanto sua inocência não se faz inteira
E seu amor não ama inteiro,
Vou-te sonhar,
Sentir suas imagens compostas do bem que eu conheço
Para não sobrar-me num gosto torpe de alguma dor.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Se fosse somente querência de beijo...
Mas existe algo maior.
Por trás dos olhos, 
Por dentro do peito, 
No jeito de olhar.
Se fosse pela fala,
Quando a voz cala,
Quando o assunto é o sussurrar.
Se fosse pela paz do silêncio,
Pelo olhar atento
E a doçura do paladar...
Se fosse pela calma,
Pela beleza da alma
E todos os dias,
Num mesmo céu, 
Em cor de sintonia
Eu diria ser amor,
No silêncio do olhar.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

O coração sabe a força do olhar.
Qual o formato da pele e o frescor do contato
Sabe a textura do sorriso 
E conhece o tom de voz pelo suspiro.
Sabe da tristeza, amargura e da alegria, 
E como encurtar os passos da distância.
O coração sabe sorrir como criança.
E sabe sofrer. Até onde couber.
Até que as lágrimas sejam doces
E tudo volte a ser luz. Tom. Sabor. Amor e tudo o mais.
O coração sabe desenhar a saudade com asas
Num vôo de cuidado, carinho e aceitação.
E sabe ser esperança, porque também aprendeu a sonhar.
O coração sabe ser grande. Sabe ser céu.
E sabe quem escolher para ser infinito dentro da gente.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013


O coração explodiu ao seu chamado capcioso.
E numa inquietude deferida por seus instintos, meus sentidos (que naquele passado foram gris) lançaram faíscas nocivas ao meu olhar terno.
Você só sabia me doer. Você só conhecia os caminhos de não caber.
E eu passei a te desacreditar, e a perder-me dos sonhos que eu ousara sonhar.
Então voei por ares desconhecidos pela essência que desbrava meu peito. E entremeio tanta razão e coerência, saí um pouco de mim para que, sabida , meus olhos refletissem limpos ao te entender como  destino incerto.
Precipício certo. Destoado por minhas doses límpidas de amor.
Mas silente questionei o que houvera explodido dentro do peito. O que aquele vento de suas ausências intempestivas acondicionado a sua volta repentina, sorrateiramente tentava desenhar.
Suplicou meu coração que os pensamentos se fossem...Junto com você, imperfeito encaixe para minhas sentimentalidades tão nuas.
Mas você me seguiu na tepidez que ainda te mantém vivo dentro de mim...
Então vêemente fechei a retina. E me fiz dona dos meus olhos, num caminho certo de viver sem te enxergar.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012



Sobre o nosso amor e as nuvens.


É de acreditar em nós
E nesse céu inteiro que nos cabe
De nuvens e delicadezas que são seus olhos
Quando decidem me amar e ficar.
É de acreditar no sorriso
Quando suas cores passeiam em nossos sonhos
E de encanto, vestir-se tanto e não estar só.
É de acreditar no vento,
E no tempo, a tempo de não deixar escapar
Tanto amor e alguma dor que caiba no olhar.
É de acreditar nas nuvens
No seu tom de saudade, sonho e amanha.
Na poesia lilás, por traz dos olhos gris.
É de acreditar.
So (mente)...coração.
E para sempre
Que somos nós, a certeza do amor.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012


Tenho em mim todos os sentimentos, palavras, todas as entrelinhas
Todos os poemas, versos e as canções caetaneadas por seu tom lilás.
Tenho por dentro muito mais de você, nesse silêncio tão inesgotável de mim.
E ainda esse colo suave que acalma seus medos.
Tenho todas as frestas, possíveis faltas, arrependimentos e supostas ilusões
Tenho toda a pressa e sou também toda volta
Para que você somente se entregue
Para ter você só (mente) leve.
Tenho pra você a suavidade dos sonhos e as realidades inventadas
O grito dos anseios abafados, o sabor dos beijos roubados
E a voz dos ventos que sopram um sol maior.
Tenho uma casa no campo, a primavera de todas as estações e um baú de tesouros.
A saudade, o peito pulsando e a doçura da dança nos seus braços
Eu tenho o tempo, todas as flores e um tanto de amor
E deixei a porta entreaberta.
Respire meu corpo e se perca em mim ao entrar.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Se fosse por todos os beijos
Todas as flores, cores e delicias
Todos os mares e caricias
Mas são frestas, névoa, caminhos desiguais.
Se fosse por todo abraço dado,
Todo sorriso largo e esse desejo sem fim...
Se toda hora fosse doce
Se toda demora fosse hoje
E o seu gosto meu paladar.
Mas é somente pressa
Espera para desencontrar.
Se fosse com gosto de sexo
Eu, você, côncavo e convexo
Nada de palavras
Nem inspiração a nos encontrar.
Se fosse tudo perfeito
Tudo ao meu modo e ao seu jeito
Mas tudo é enfeite, laço e distração
Será ilusão?
Se tudo fizesse sentido
E se tivesse sempre o mesmo brilho
Se fosse só fechar os olhos e sonhar...
Mas é ausência
É amor
São meus olhos pulsando,
Te lembrando até reencontrar.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Inventando paisagens de fazer sonhar
De fazer renascer aquela alegria de ontem...
Do passado, de sempre.
E que não é mais. E que não está.
Em mim, vazios desenhados sem sol
Da nuvem que debruço, o horizonte é distante
E voo, sem saber por onde
Sem saber de qualquer coisa ou lugar.
Mas voo pra me encontrar
E poetizar esse coração que ama além
Que se conhece bem
Mas humano, se faz camuflar.
Escrevo devorando angustias
Vomitando aquilo que em mim não é.
Volta borboleta!
Sorri suas asas
E pede que Deus poetize suas dores.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Na inocência dos meus pensamentos moram os inícios...
Como da primeira vez que meus olhos viram o seu par
E quando seu desvio me fez acreditar em sonhos.
Escondo todo meu amor nessas palavras
E te guardo num pedaço de meu céu
Para que pertença a essa vida em que sinto sua falta
E que no brilho das memórias
Eu aceite essa espera como luz de um amanhã
Num tempo de nós guardado por Deus.
Te quero sem demora.
Mas te espero no alcance de quem quer ser feliz depois que aprendeu o amor.
Porque acredito no encontro do nosso olhar
E reconheço o infinito que espera por nós dois.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

É tempo de ausência.
Tempo de alimentar aquilo que em nós dura para sempre.
Suave, sou por tempo essa distância que deseja te sentir
Fechar os olhos e saber de você, dentro.
Deixo-te, levando-te
E sou sua, amando-te.
Sem pressa, um tanto de querer, e uma infinidade de versos
Hei de te carregar por entre nuvens e delicadezas
E em suspiros, desenhar a poesia da nossa sorte.
Assim saberá de mim.
Por tanto amor desenhado nessas linhas de algodão.
Todas no seu tom.
Todas com seu sabor.
E ainda que eu insista em voar,
Intento ser o amor em seus sorrisos,
E o alívio de passar contigo todas as vidas.
Silente,
Fecho os olhos e sou essa saudade que vai te cuidar,
Te bendizer e fazer colorir nosso céu de existir.
Então suspiro, e vôo...
E por ser amor, te sentirei em todo lugar.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

O querer é voar
E sentir seu amor de pertinho...
Cintilando as asas
Vôo pra te encontrar.
Nosso amor é mais
Àquele que explode.
E de certo,
Um olho é na espera
E outro na saudade
E o amor bendiz na certeza.
Com seu cuidar,
De paciência e Deus
Recolho toda distância
E me aconchego em seus braços
Extensão do meu corpo,
Caminho concreto de bem.
Poeta que sou,
Amo deixar-te na demora de te reencontrar
Pra no encanto da volta
Nossos olhos brilharem em sonho,
E no silêncio do beijo,
Colhermos as flores de nosso encanto.
E ainda que eu vá,
(E eu preciso ir)
Deixo-te por instantes na leveza do meu querer
Mas também te carrego,
Meu pedaço de céu.
E se na saudade eu insisto em te inventar,
E te desenhar como obra da perfeição,
É porque eu acredito em nós.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Um suspiro ansiando afago.
É saudade o que me traz aqui.
No abraço, tão certo é o amor. Cor de nós dois na certeza sem fim.
O pensamento voa longe... E você, dentro, cuidando do tanto que somos nós.
E sou sorrisos. Também o seu singelo. Que floresce o meu silêncio para te alcançar nessa saudade.
E você chega como num sonho, coberto por uma melodia de pétalas e oferecendo alegrias.
Te recebo no meu céu, e você me entrega o carinho que eu sei sentir. Que eu acredito.
Nutridos de aromas indecifráveis, nos entregamos ao fiel amor. Aquele que vai além, e que sempre vem pra mim e pra você.
Num mimo. Num sossego. Ou num querer de muito bem.
Sei todas as suas formas de amor. E sei que num sorriso você sabe como me amar.
E amo também todas as suas ausências disfarçadas em ventos de saudade. Porque é só fechar os olhos pra gente se encontrar.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Eu queria saber dizer das razões que ainda me fazem acreditar em nós.
Porque as vezes eu te desacredito. E também te amo.
Controversa eu, controverso você, dispenso certas explicações... por tempo.
Me recolho por entre minhas nuvens, mas não lamento. Porque até quando você se veste com todos aqueles sentimentos obscuros, eu vou além daquilo que acredita e sou seu amor.
E sou seu feitiço, te bendigo, e sigo te amando tão sublime, que todas aquelas razões que eu finjo desconhecer se subvertem em amor. Também para você.
E você vem. Despido de todas aquelas armas e me dispara flores.
Tanto encanto, que meus olhos sorriem certos de que o nosso destino é ser feliz.
Mesmo que sangre, mesmo que doa e ainda que eu insista erroneamente em tropeçar por todos os motivos que me fazem acreditar que é você.
Ainda que imperfeito. Ainda que meu menino...
É você, a cor viva de todas as alegrias. Todas as inspirações que eu pinto no nosso céu de existir.
É você, todo amor e alguma dor que caiba no olhar
E é alado assim, que minha vida quer permanecer.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Nos dias frios,
Olhos se dispersam em imensidão
Custam a entender
Choram por desacreditar.
Nos dias frios,
Poesia traz lágrima
Todo gosto é torpe
Dos ventos que rompem o alívio...
Nos dias frios,
De mim, a vida se esvai
Asas sem fôlego, certeza, nem céu
E das nuvens, distantes pensamentos...
Nos dias frios,
O ausentar-se tem seus mistérios
E pertenço a qualquer palavra que criar
E a tudo que eu não saiba definir.
Nos meus dias frios,
Sou o desconhecido a acometer ilusões
E sou bicho que também sabe amar.
Nesses dias frios,
Me escondo em algum lugar de rever
E desconfio de uma primavera feliz.
Afinal, viver deve ser tão maior !


domingo, 15 de maio de 2011

Peito cheio de saudade. Corpo cheio de lembranças.
E na minha dança, o embalo terno de nós dois.
As minhas palavras não mentem (sentem), mas o seu semblante subverte tudo aquilo que meu coração afirma em sentimentos banais, e por um instante você deixa de estar...
Mas não por isso permito que estes versos se dissipem. Tudo sorri bonito e largo, como aquele seu riso sacana ao passear suas mãos pelo meu corpo e todo contentamento dos nossos lábios colados, nosso toque suado e o desejo ardente que permanece toda vez que você vai... E me esquece. Finge que esquece. E volta. Atormentando todos os meus versos de amor, o que me faz amar tanto a isso.
E explodo. Sem medo. No caminho que me traz semeado de infinito. Um ciclo.
E eu não vou te decifrar. 
O amor é também a magnitude dos seus segredos. E o brilho das minhas íris a cada vez que me entrego á raridade das suas voltas. Porque tudo o que traz no sorriso é uma querência de bem. E isso pra mim também é amor
Mesmo que ele pouco lhe caiba. Mas que eu o seja e sempre me complete.



sexta-feira, 13 de maio de 2011

Era tarde demais, mas adormeci você.
Que fosse fim! Aquela morte constante daquilo que mais me doía.
Inventei sua distância com alguns poucos pedaços de pertencimento, (alimento de um amor impossível de esquecer) e caminhei inúmeros Outonos entorpecida de ausências, saudades e uma necessidade gritante dos seus olhos. Sob os meus. Infinitamente, dos meus.
Mas fui aprendendo como viver sem você. E não soube deixar de sonhar...
Lapidei meu mundo à uma forma bonita de não ter você. E te aceitei longe, sem ensaiar qualquer possibilidade de volta sua.
Mas seu tempo de recolhimento não durou suficiente para meu plano de esquecimento, e seus olhos me fitaram como quem sempre diz sim. Mas de mim explodia uma brisa perene de amor que não ansiava te reencontrar.
Fim de nós. (Sus-pirei)
Choraram da minha face algumas lágrimas. Não aquelas de quando te falei o amor.
Te senti ainda tão dentro, tão inteiro...
E fugi. Como quem ainda sangra, não esquece e ama. E que intenta se reinventar.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Chove lá fora
E aqui dentro um frio que antecede a tempestade.
Contornei nos meus sonhos a quietude e o calor do amor, mas inverna no meu peito quando dos seus olhos brotam falsas sentimentalidades que nunca desejei suspirar.
Não sei mais quem é você. Acho que nunca soube.
Te desenhei à minha perfeição. Era ilusão e eu quis acreditar.
Numa ingenuidade de dar inveja a qualquer ‘Alice’, enfeitei um paraíso que cabia apenas sob os meus olhos. Olhos de sonhos, flores e céu azul. Olhos de amor.
E agora noite fria, coração congelando e esse mesmo céu caindo mundo (meu) abaixo, penso em você ainda como a mais doce lembrança de amor. E não sei como faço a isso.
Me recordo alguns poetas... Suspiro... O poder desse amor ainda que doa, ainda que sangre, ainda que não seja mais. E sendo.
Vou mais longe. Permito o vento me abraçar, e levar...Me entrego a esse momento que me despeço de você.
Essas lágrimas são suas. E também essa imensidão de sentimentos.
Mas não desejo sua ausência, sua falta de amor, e o brilho distante do seu olhar.
Aquilo que me alimenta você desconhece.  E assim eu não saberei sonhar.

domingo, 10 de abril de 2011

E dói de mansinho esse amor por você.
E rasga as entranhas em um vermelho denso manchando nosso quarto de incertezas e um quase adeus.
Chorei por você duas lágrimas. E no meu peito um rio de amargura, insensatez e desilusão.
Qualquer impulso seu hoje me faz doer, e toda doce lembrança de nós são meros acasos percorrendo uma saudade que já não ousa brilhar. Soluça em prantos. E o canto da vitrola já não sorri os meus olhos e inquieta tudo que antes era bem querer.
Seus resquícios caminham comigo pela casa. Impossível que não fosse alado.
E meus olhos marejados insistem em rememorar seu semblante tão vivo ainda na nossa sala, e seu tato tenro e suave em mim.
Fecho os olhos e aceito esse instante. Mas o peito ansia por uma nova palavra, um novo sentimento, e suplica que a música do telefone ao tocar seja Chico dizendo Eu te amo naquele mesmo tom seu, suave e melancólico. Totalmente doce e meu.
Mas não era você. Aquele som não cortejava o encantamento.
Hoje sou pra você, apenas esquecimento. A doce tristeza dessa tarde fria de Outono
Fecho então a janela, não quero ver o tempo passar.
E em silêncio, aquieto o peito, sussurro suas últimas palavras de amor, e espero amanhecer.
Para que os novos ventos espalhem essa dor que nunca saberei desenhar...

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Por quem acredita...

“As palavras dela são de uma cor sagrada”. Um dia me disse o Mestre.
Tão forte que me fiz acreditar. Me fiz poeta.
Escrevendo conheci mais de mim, e inspirando saboreio mais amor.
Me sinto viva, e poesia. Respirando verdades despidas de qualquer mal que apoquente o peito.
E pelos meus olhos, sinto o mundo musicar um brilho em forma de ais.
Sinto leve até o cheiro da dor, e carrego sutilezas em porta retratos que se nutrem de um amor imenso beirando a eternidade.
Gosto desse gosto de ser eterna. Na minha “versão mais de dentro possível.”
Palavras e sentimentos grafados em sonhos e papéis de carta que resistirão à tempestade dos ventos finitos, e eu serei o sempre. Porque compartilhei um pouco de mim, rabisquei as folhas que imaginei serem nuvens de algodão e aprendi a maestria dos meus lábios se alargarem feliz.
Pareço perfeita. Mas sou uma imperfeita humana com traços de girassol e cor de sonhos. E que acredita.
Isso me basta. Sou o amor, aquele que acredita. E“Uma mulher dentro dos seus sonhos mais naturais.”
E mais adiante, em outras vidas, que eu ainda possa ser poesia. Caso contrário, não sei se saberei viver.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Algo meu e seu.

Eu quero me sentir em você para além de nossa sorte
E para além dos nossos sonhos (magnânimos), de somas sem reconhecimento de fim.
E sim, todos os dias amanhecer os sóis dessa nossa vida com cheiro de amor
De cor pertencimento, olhar inexaurível e imensidão.
Na sua totalidade, para nós que nunca soubemos de meios.
Inteiro afeto. Inteiro par.
Que nos faz do tamanho exato desse desejo.
E de morada, nossos olhos unos, silentes em beijos
De onde contemplamos tudo o que em sonhos suplicamos pra ser
E nessa maestria, de algo meu e seu, o amor nos fez realizar.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Caminhos abertos, coração (quase) incerto, sexto sentido explodindo dentro.
E na escrita, o sentido de sobreviver.

Tudo parece névoa lá fora, tudo é cinza, colisão e desencontro.
Mas sei de você aqui dentro, no meu intento de sempre te encontrar, e de um absoluto querer; pedaço de sonho escapando em suas mãos.
Nessa bagagem de ilusões, o coração insiste em te querer, e o corpo persiste em suplicar. Não há lógica no amor,  e nem a minha loucura você sabe aceitar.
E como pode ser tão infinito?
Tenho te desejado através das memórias, por suas ausências intempestivas me derramarem sentimentos rejeitados, e seu sentido inerente ao meu amor ser capaz de fazer juras incertas de encontro ao vazio.
E ainda assim eu te quero. Mas atropelo tudo que eu já não sei mais explicar, e te proponho, (em sentimento), um relicário para suas falsas promessas e indefinições sentimentais.
Para que você não se perca, e para que eu possa ser só amor. E tudo o mais que eu acredito.
Porque eu nunca aprendi da arte dos desencontros, e pra você fui inteira, entregue.
Mas seus sentidos não couberam no tempo exato do meu coração
E eu não queria ser sem você. Mas diante e para distante dos seus olhos eu decidi voar.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Insano desejo

Algo de ti eriça aqui dentro. E tudo que perpassa pelo meu corpo não tem mais aquele gosto de ìnfima espécie. Tem você, salivando desejos ardilosos que me tomam como santa, puta e louca. Milhares de faces no meio de mim.
E eu me lanço precipício abaixo com você. Sem medo, começo ou fim. Apenas entremeio, onde nos encontramos sem lógica, bossa ou qualquer poesia que nos faça suspirar. Suspiramos apenas nosso sexo, totalmente somos s-e-x-o, de pernas, carícias, delícias e o êxtase no encaixe que nos faz mais uma vez recomeçar.
E você me sussurra na disformidade dos pêlos, passeia suas mãos ásperas pelos meus cabelos e goza palavras ao meu ouvido no mais infame e canalha êxtase que me faz delirar. E eu me derreto em você, escorregando minhas delícias pelo seu corpo que exala um cheiro legítimo de cio.
E esse perfume me atrai. Sim, como uma sacana, gotejando luxúria e insana. Sem medidas exatas, sem pressa, pensamentos, nem alma...somente o vermelho desse corpo que anseia por continuar.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Fuga

Chuva fina, céu cinza e um par de olhos derramando uma saudade.
Dentro, a tempestade de todos os afetos que um dia foram seus e o frio do seu ceticismo incompatível com o meu amor.
Então sangra.
Escorre em vermelho o amor por dentro. Até que o fim amanheça esses olhos banidos, que hoje se dispersam entre os seus sinais e a minha lógica.
E inerte, apenas no balançar dos pensamentos, desenho no céu a lembrança do nosso amor totalmente irracional, e parcialmente feliz.
Por isso, covardemente eu fujo. Não aprendi com você a arte de ser metade, porque em tudo que me invade, meu amor, não cabe espaço para ausências, e com você eu caminhei vazia de completude e intensidade.
Então fugir foi a minha saída para ser inteira na nossa saudade.



segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Eu aconteço com você

Eu queria te desenhar o amor.
Para que no deslumbre da sua dimensão, refletisse nossos olhos absolutos advindos do mais supremo querer.
E assim, nas formas magnéticas dos nossos sorrisos azuis , fôssemos sempre guiados pela urgência que pulsa no peito, que respinga no jeito, e perdura no sublime dos sonhos para que a gente possa sempre ser e estar.
Eu aconteço com você no amor. E para qualquer lugar além da nossa sorte.
E te sorrio, benditas quantas forem as vezes que o seu colo quiser me pertencer.
Porque eu me encontrei quando me tornei sua alma, sua calma e toda a complexidade que me fez te amar.
Par-de-um.
Por nos permitimos pulsar num só coração, e por sermos inteiros o bastante para alcançar as sentimentalidades necessárias para nos eternizar.
E hoje, adormecendo o caminho que um dia foi algoz, sinto você debruçado no meu peito com a leveza de uma criança que em tudo enxerga raios de luz, e que no vento desenha as flores da nossa paz.
Também por isso eu te amo.
E em todas as vidas vamos compartilhar dessa cor que pinta nosso céu infinito de luz, e dessa maestria do amor: a arte de verdadeiramente encontrar.



Felicidade eterna para nós, meu amor.