terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Algo meu e seu.

Eu quero me sentir em você para além de nossa sorte
E para além dos nossos sonhos (magnânimos), de somas sem reconhecimento de fim.
E sim, todos os dias amanhecer os sóis dessa nossa vida com cheiro de amor
De cor pertencimento, olhar inexaurível e imensidão.
Na sua totalidade, para nós que nunca soubemos de meios.
Inteiro afeto. Inteiro par.
Que nos faz do tamanho exato desse desejo.
E de morada, nossos olhos unos, silentes em beijos
De onde contemplamos tudo o que em sonhos suplicamos pra ser
E nessa maestria, de algo meu e seu, o amor nos fez realizar.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Caminhos abertos, coração (quase) incerto, sexto sentido explodindo dentro.
E na escrita, o sentido de sobreviver.

Tudo parece névoa lá fora, tudo é cinza, colisão e desencontro.
Mas sei de você aqui dentro, no meu intento de sempre te encontrar, e de um absoluto querer; pedaço de sonho escapando em suas mãos.
Nessa bagagem de ilusões, o coração insiste em te querer, e o corpo persiste em suplicar. Não há lógica no amor,  e nem a minha loucura você sabe aceitar.
E como pode ser tão infinito?
Tenho te desejado através das memórias, por suas ausências intempestivas me derramarem sentimentos rejeitados, e seu sentido inerente ao meu amor ser capaz de fazer juras incertas de encontro ao vazio.
E ainda assim eu te quero. Mas atropelo tudo que eu já não sei mais explicar, e te proponho, (em sentimento), um relicário para suas falsas promessas e indefinições sentimentais.
Para que você não se perca, e para que eu possa ser só amor. E tudo o mais que eu acredito.
Porque eu nunca aprendi da arte dos desencontros, e pra você fui inteira, entregue.
Mas seus sentidos não couberam no tempo exato do meu coração
E eu não queria ser sem você. Mas diante e para distante dos seus olhos eu decidi voar.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Insano desejo

Algo de ti eriça aqui dentro. E tudo que perpassa pelo meu corpo não tem mais aquele gosto de ìnfima espécie. Tem você, salivando desejos ardilosos que me tomam como santa, puta e louca. Milhares de faces no meio de mim.
E eu me lanço precipício abaixo com você. Sem medo, começo ou fim. Apenas entremeio, onde nos encontramos sem lógica, bossa ou qualquer poesia que nos faça suspirar. Suspiramos apenas nosso sexo, totalmente somos s-e-x-o, de pernas, carícias, delícias e o êxtase no encaixe que nos faz mais uma vez recomeçar.
E você me sussurra na disformidade dos pêlos, passeia suas mãos ásperas pelos meus cabelos e goza palavras ao meu ouvido no mais infame e canalha êxtase que me faz delirar. E eu me derreto em você, escorregando minhas delícias pelo seu corpo que exala um cheiro legítimo de cio.
E esse perfume me atrai. Sim, como uma sacana, gotejando luxúria e insana. Sem medidas exatas, sem pressa, pensamentos, nem alma...somente o vermelho desse corpo que anseia por continuar.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Fuga

Chuva fina, céu cinza e um par de olhos derramando uma saudade.
Dentro, a tempestade de todos os afetos que um dia foram seus e o frio do seu ceticismo incompatível com o meu amor.
Então sangra.
Escorre em vermelho o amor por dentro. Até que o fim amanheça esses olhos banidos, que hoje se dispersam entre os seus sinais e a minha lógica.
E inerte, apenas no balançar dos pensamentos, desenho no céu a lembrança do nosso amor totalmente irracional, e parcialmente feliz.
Por isso, covardemente eu fujo. Não aprendi com você a arte de ser metade, porque em tudo que me invade, meu amor, não cabe espaço para ausências, e com você eu caminhei vazia de completude e intensidade.
Então fugir foi a minha saída para ser inteira na nossa saudade.