sexta-feira, 25 de janeiro de 2013


O coração explodiu ao seu chamado capcioso.
E numa inquietude deferida por seus instintos, meus sentidos (que naquele passado foram gris) lançaram faíscas nocivas ao meu olhar terno.
Você só sabia me doer. Você só conhecia os caminhos de não caber.
E eu passei a te desacreditar, e a perder-me dos sonhos que eu ousara sonhar.
Então voei por ares desconhecidos pela essência que desbrava meu peito. E entremeio tanta razão e coerência, saí um pouco de mim para que, sabida , meus olhos refletissem limpos ao te entender como  destino incerto.
Precipício certo. Destoado por minhas doses límpidas de amor.
Mas silente questionei o que houvera explodido dentro do peito. O que aquele vento de suas ausências intempestivas acondicionado a sua volta repentina, sorrateiramente tentava desenhar.
Suplicou meu coração que os pensamentos se fossem...Junto com você, imperfeito encaixe para minhas sentimentalidades tão nuas.
Mas você me seguiu na tepidez que ainda te mantém vivo dentro de mim...
Então vêemente fechei a retina. E me fiz dona dos meus olhos, num caminho certo de viver sem te enxergar.

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