Adeus.
Disse em linhas tortas
Em descaminhos com meu coração.
Quis ficar.
Repousar no silêncio do seu colo,
Respirar meu desejo no seu corpo,
Sem saber do depois,
Do amanhã e do talvez.
Mas tive que partir
Sem deixar rastros de esperança,
De saudade,
Ou coisa qualquer que pulsasse seu nome.
Ansiando ficar, eu parti.
É forte demais pra ser metade.
É amor demais pra você desmerecer.
Então eu sangro.
Permito duas lágrimas escorrerem.
E é o seu gosto que amarga meus lábios
Embora ainda exista amor.
E meu coração se lança pelas ruas
Becos, frestas, faltas e afins.
Mas não encontra paisagens.
Entre infindos nomes, faces, cheiros, jeitos...
Só reconhece o seu.
O céu (que já não nos cabe).
Perdeu-se o riso, o tato, o ritmo.
Findou-se a história.
Restou ausência. Talvez lembrança.
E a morte dos nossos versos.
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