terça-feira, 29 de julho de 2014

Adeus.
Disse em linhas tortas
Em descaminhos com meu coração.
Quis ficar.
Repousar no silêncio do seu colo,
Respirar meu desejo no seu corpo,
Sem saber do depois,
Do amanhã e do talvez.
Mas tive que partir
Sem deixar rastros de esperança,
De saudade,
Ou coisa qualquer que pulsasse seu nome.
Ansiando ficar, eu parti.
É forte demais pra ser metade.
É amor demais pra você desmerecer.
Então eu sangro.
Permito duas lágrimas escorrerem.
E é o seu gosto que amarga meus lábios
Embora ainda exista amor.
E meu coração se lança pelas ruas
Becos, frestas, faltas e afins.
Mas não encontra paisagens.
Entre infindos nomes, faces, cheiros, jeitos...
Só reconhece o seu.
O céu (que já não nos cabe).
Perdeu-se o riso, o tato, o ritmo.
Findou-se a história.
Restou ausência. Talvez lembrança.
E a morte dos nossos versos.

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