domingo, 15 de maio de 2011

Peito cheio de saudade. Corpo cheio de lembranças.
E na minha dança, o embalo terno de nós dois.
As minhas palavras não mentem (sentem), mas o seu semblante subverte tudo aquilo que meu coração afirma em sentimentos banais, e por um instante você deixa de estar...
Mas não por isso permito que estes versos se dissipem. Tudo sorri bonito e largo, como aquele seu riso sacana ao passear suas mãos pelo meu corpo e todo contentamento dos nossos lábios colados, nosso toque suado e o desejo ardente que permanece toda vez que você vai... E me esquece. Finge que esquece. E volta. Atormentando todos os meus versos de amor, o que me faz amar tanto a isso.
E explodo. Sem medo. No caminho que me traz semeado de infinito. Um ciclo.
E eu não vou te decifrar. 
O amor é também a magnitude dos seus segredos. E o brilho das minhas íris a cada vez que me entrego á raridade das suas voltas. Porque tudo o que traz no sorriso é uma querência de bem. E isso pra mim também é amor
Mesmo que ele pouco lhe caiba. Mas que eu o seja e sempre me complete.



sexta-feira, 13 de maio de 2011

Era tarde demais, mas adormeci você.
Que fosse fim! Aquela morte constante daquilo que mais me doía.
Inventei sua distância com alguns poucos pedaços de pertencimento, (alimento de um amor impossível de esquecer) e caminhei inúmeros Outonos entorpecida de ausências, saudades e uma necessidade gritante dos seus olhos. Sob os meus. Infinitamente, dos meus.
Mas fui aprendendo como viver sem você. E não soube deixar de sonhar...
Lapidei meu mundo à uma forma bonita de não ter você. E te aceitei longe, sem ensaiar qualquer possibilidade de volta sua.
Mas seu tempo de recolhimento não durou suficiente para meu plano de esquecimento, e seus olhos me fitaram como quem sempre diz sim. Mas de mim explodia uma brisa perene de amor que não ansiava te reencontrar.
Fim de nós. (Sus-pirei)
Choraram da minha face algumas lágrimas. Não aquelas de quando te falei o amor.
Te senti ainda tão dentro, tão inteiro...
E fugi. Como quem ainda sangra, não esquece e ama. E que intenta se reinventar.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Chove lá fora
E aqui dentro um frio que antecede a tempestade.
Contornei nos meus sonhos a quietude e o calor do amor, mas inverna no meu peito quando dos seus olhos brotam falsas sentimentalidades que nunca desejei suspirar.
Não sei mais quem é você. Acho que nunca soube.
Te desenhei à minha perfeição. Era ilusão e eu quis acreditar.
Numa ingenuidade de dar inveja a qualquer ‘Alice’, enfeitei um paraíso que cabia apenas sob os meus olhos. Olhos de sonhos, flores e céu azul. Olhos de amor.
E agora noite fria, coração congelando e esse mesmo céu caindo mundo (meu) abaixo, penso em você ainda como a mais doce lembrança de amor. E não sei como faço a isso.
Me recordo alguns poetas... Suspiro... O poder desse amor ainda que doa, ainda que sangre, ainda que não seja mais. E sendo.
Vou mais longe. Permito o vento me abraçar, e levar...Me entrego a esse momento que me despeço de você.
Essas lágrimas são suas. E também essa imensidão de sentimentos.
Mas não desejo sua ausência, sua falta de amor, e o brilho distante do seu olhar.
Aquilo que me alimenta você desconhece.  E assim eu não saberei sonhar.