terça-feira, 29 de julho de 2014

Desenhei você dentro de alguma esperança finita.
Logo eu, que nunca idealizei amanhãs a dois...
Fui capaz de te guardar nessa fração de segundos do depois.
Por pouco tempo, confesso. Num piscar de olhos.
As infinidades que me pertencem você desconhece.
E eu precisava estar pronta para este momento.
Estou te dizendo adeus, meu amor.
Nessa poesia que ainda goteja encantamento.
Hoje não saberei olhar seus olhos
Nem decifrar palavra alguma além dessas linhas
Porque seus traços ainda estão em mim
E você era tudo que me fazia voar.
Mas eu fujo!
A cada vez que não encontro plenitude.
Toda vez que sobra saudade e falta espaço.
Fujo como quem conhece do amor e sabe quando pousar.
Então te aceitarei como minha linda lembrança
E o sonho de amor que eu ousei sonhar.
Mas se a saudade ainda te visitar, aperte bem seus olhos.
Os encontros tem dessas sutilezas...
Nunca deixaremos de estar.
Trans-bor-dar o amor nessas linhas
Permitir o olhar escorrer
Salivar e buscar o outro sentido.
De-com-por em prosas e versos...
É iniciado o fim.
Ser particípio. Passado.
E uma lembrança que ficou.
Morte a esperança!
E não se pode sonhar.
A saudade é um mundo maior
Que já não nos cabe.
Recolher-se então ao silêncio,
Numa janela voltada ao vazio.
Desconhecidos lugares...
Onde abraços já não se reconhecem.
Um futuro lhe restaria
Se tivesse cuidado das flores.
Arriscaria mais uma vez
Mas findou-se o tempo,
Calaram-se as notas,
E toda minha suavidade.
Deixei sua tez, e fui silente...
Te carregando sob meu infinito
Um samba pra dizer adeus.

Talvez eu te esqueça
E desconheço esse caminho
Sua presença fez falta
Quando na estrada me vi sozinho.

De tanta espera se fez saudade
E de saudade, enfim chorou
Sorriso frouxo ficou de canto
Chorou aos prantos, a dor do amor.

E lá se foi mais uma história
De tantas estórias que ela contou
Quando pousou no seu abraço
E do seu descaso ela voou.

Adeus te disse em prosa e verso
E esse samba de certo, acabou
Pegou sua viola na estrada
Chorou mais nada, que a dor do amor.
Pode fechar a porta e se permitir ficar.
Não há mais o que temer
Nem desvendar.
Meus mistérios pertencem a seu corpo
E eu apenas fechei os olhos...
Pensar me faz enxergar muito e além
E por você posso ficar cega de amor.
Por isso te sinto.
Sem ansiar o minuto do depois, nem o amanhã.
Hoje meus suspiros encontram sua suavidade
E eu vou sonhar.
Sem esperar mais qualquer sentimento que me caiba.
Tanto amor me basta e completa.
Mas te escolhi para compartilhar.
Então também feche os olhos.
Me aceite e abrace forte.
O amanhã ainda não acordou.
E ainda há tempo para nós dois.
Lá fora a noite escorre e grita,
E dentro de mim cabem todos os seus medos.
Ainda te ouço sussurrar: “quero a sorte de um amor tranquilo”
E eu te prometo toda loucura dessas sentimentalidades nuas.
Mas se assim preferir...
A porta ainda está aberta
E as possibilidades são infinitas.
E aqui permanecerei – suspirando só amor.
E assim saberei
Inteira e (In) Certa.
Desenhar meus recomeços.
Sim.
Para o fim das nossas quase certezas.
Diante dos meus olhos era tanta beleza, que não ousei desacreditar.
Quis ser sonho, encanto ou algo maior.
Ansiei ser par. Mar. E o céu de nos caber.
Fui uma flor em poesia sem fim.
Mas de infinito, restaram apenas essas linhas
Minhas!
Que já não lhe cabem.
E esse tanto de amor, que de mim faz parte.
E essa estranha dor?
Ah, humanos!
Posso fechar os olhos e permitir o sabor de duas lágrimas de canto;
Posso deixar morrer por instantes a suavidade do peito;
Mas minha maestria é sonhar.
E eu volto ao balançar da minha rede de sentimentalidades nuas.
Eu volto quando sei.
Quando é.
Quando está.
E quando a alma gritar a hora do recomeço.
Queria poder te dizer das flores sob meus olhos
E do sorriso no peito que te guarda em sonhos.
Queria poder te dar toda a calma,
A alma, e todos os meus pedaços num só abraço.
Agora só seu.
Queria cantar com você sobre os medos.
Contar nossas estrelas em sutil segredo
E ser sua melodia, som, cor e luz.
Queria ser céu. Queria ser com você.
Nesse cheiro de amor que já está.
Queria o sempre. E permanecer.
Nessa vida nossa que está por vir.
E findar.
A qualquer infinito que fosse
Mas ao seu lado me bastasse
Adeus.
Disse em linhas tortas
Em descaminhos com meu coração.
Quis ficar.
Repousar no silêncio do seu colo,
Respirar meu desejo no seu corpo,
Sem saber do depois,
Do amanhã e do talvez.
Mas tive que partir
Sem deixar rastros de esperança,
De saudade,
Ou coisa qualquer que pulsasse seu nome.
Ansiando ficar, eu parti.
É forte demais pra ser metade.
É amor demais pra você desmerecer.
Então eu sangro.
Permito duas lágrimas escorrerem.
E é o seu gosto que amarga meus lábios
Embora ainda exista amor.
E meu coração se lança pelas ruas
Becos, frestas, faltas e afins.
Mas não encontra paisagens.
Entre infindos nomes, faces, cheiros, jeitos...
Só reconhece o seu.
O céu (que já não nos cabe).
Perdeu-se o riso, o tato, o ritmo.
Findou-se a história.
Restou ausência. Talvez lembrança.
E a morte dos nossos versos.
Olhos fechados
E desenhou-se num sonho,
Encanto e Encontro.
Uma espécie de magia,
De seus braços brincando com meu querer,
O seu suspiro cortejando meu paladar
E eu sabia de você ali.
Inteiro e entregue.
Escorrendo seus olhos sobre minha pele
E moldurando meu corpo,
Céu seu!
Não interrompeu o beijo,
E o jeito era de amor.
De todos os sorrisos estampados ali,
Mãos contornando poesias no ar,
E toda espera tornou-se infinito.
Vivo.
Desde a primeira vez que te vi.
Até onde a saudade ousar nos guiar
Para ao seu lado,
Todos os dias, amar de novo.
Sobre saudade.

Três da manhã.
E o silêncio é a moldura do quarto.
Janelas abertas são os meus olhos
Ansiando o amor chegar.
Tic tac.
Pulsa lentamente o peito
E o cheiro é de saudade
Do que foi demora em amanhecer e te fazer ficar.
Abrace-me forte!
Fique para sempre e um pouco mais
Nesses braços de caber seu mundo inteiro
E essa escrita de amor sem fim.
É doce o seu silêncio,
Sua falta,
Sutil distância
E devoção pela saudade.
Gosto da lonjura que nos guarda
Nos salva
E nos mantem.
Mas caminho dentro de lembranças
E não sei desdizer o que sinto
Quando em todo tempo
Meu peito inaugura mais amor por você.
É anseio por tocar o que pulsa aí dentro;
Um pouco de sua paz
Seus olhos de sossego
E seu aconchego ao meu lado.
Felicidade são suas certezas
E não há distância para doer
Porque sei de você
Até onde nos cabe
E que sentimento nos (e)leva.
Sim! Há sua voz em meu ouvido
E um imenso querer.
Sei que também tenho pressa,
Mas quero tocar seu amor.
E fazer voar até você
Minhas linhas de saudade.
Não tenho encontrado meu sono.
Meus sonhos, espaços e esperança.
Ou coisa qualquer que exale vida
Que me envolva novamente em você.
Sua ausência grita!
E não dá conta da minha insônia
Seu passo em falso é o que me assombra
Quando toda minha querência explode!
Desde que você se foi
Desde que a saudade doeu em mim
E eu quis chorar.
Não há resquício qualquer que lembre nós dóis.
Seus risos, a toalha molhada na cama,
Os discos de vinil e até seus trejeitos
Tudo virou pó.
Um nó nos meus sonhos
E minhas lembranças agora são confusas
Eu não sei de você.
Encontrei o fim de nós.
E não saberei continuar...
Com esse infinito gritando dentro de mim.
P.A.U.S.A.

São pálidas essas palavras.
Tem gosto de caos, segredos e solidão.
Linhas aflitas sem sinceros alentos.
Bem vinda dor!
Para ser um doce sacrifício aos meus olhos.
Estou vagando por algum precipício
Repleto de poesia querendo brotar
Mas que chora canções de saudade
E se lança num caminho de se encontrar.
Mas o rumo é para não sentir.
Não saber de amor,
E se entregar a esse vazio que me cabe.
Não há desespero.
Apenas um par de olhos vermelhos
E um coração que grita ausências.
Por tempo, é silêncio!
Uma porta fechada e a inércia.
Por tempo morrem os versos
E na volta, renascerá o amor.
E suavemente,
No repente de uma tarde cinza,
Todo sorriso reflete o seu.
É o seu olhar encaixando o meu,
Transformando tudo em azul maior.
Floresceu.
Agora sou seu tom,
Seu sabor em meus lábios
Sou seu cheiro exalando nostalgia.
Ouço cada sílaba sua de amor
E aqui dentro explode sentimentalidades,
Canções sobre nós dois
E o silêncio do nosso depois...
Quando tudo é alma
E toda hora acalma
Quando meu peito encosta o seu,
Seu abraço toca o meu
E o mundo pára
Pra gente se encontrar.
Enquanto te espero,
Sou de todo amor
Esse pedaço de lembranças
E num piscar de olhos
Sou essa saudade sem distância.
Nesse caminho de amor que te faz sempre voltar.
Se for possível, fique.
O amor pede mais;
Chances,
(primeiras e infinitas)
Poesias, linhas.
Pede o céu,
Os olhos, o tato.
Contato.
Se for possível, sinta.
A lágrima,
A coragem da dor
A saudade e o fim.
E tenha uma carta guardada.
Mas se for preciso, vá!
E silencie.
Encontre seu tempo,
Seja paz,
Prece e algo maior
E cante a solidão.
Quando for a hora, volte.
E acredite.
Há de ter esperança,
Sonho, cor e luz.
E aí permaneça
O amor soube te esperar.
Derramar a dor.
Sim.
Duas lágrimas de canto
E eu sei chorar.
É um gosto torpe que escorre
Revelando manchas na face.
Sem disfarce.
O corpo não tem forma
E a alma vaga distante
Lentamente...
Desconhece certas sentimentalidades
E busca se isolar.
Sou um canto escuro
De dias nebulosos,
De dias que você sabe do amor
Mas silente, deixa somente estar.
Sem transparecer
Sem exalar.
Hoje o que amo é silêncio
A paz e encanto da solidão
E essa poesia sem final.
Hoje o que eu sou não fala,
Não grita, hesita e não transcende.
Se cala. Em pausa.
Numa prece.
Amém.
O amor também chora.
Quero no seu sonho
(A dois)
(A sós)
(Em nós)
Entre nossos lençóis
Amar sem medir
Sem pedir licença.
Sem caber.
Quero toda pressa.
Também sua demora
Na espera de ‘nós dois’.
Sua calma me dizendo:
Amanhã, talvez depois!
Quero no seu tempo,
Dormir seus olhos
Acariciar os medos
E te dar certeza de mim.
Quero toda esperança
Desenhar as lembranças
Daquilo que ainda não foi.
Quero ser na sua beleza,
Suavidade e leveza
E esperar amanhecer.
Quero ser com você
O sonho, a cor, e tudo o mais.
E também me perder...
Pra quando a sorte nos encontrar,
Pelo brilho do olhar
Você sentir ser o amor.
O olho sorri,
Fala,
Acalma.
É encanto,
E inspiração.
De coisas raras,
De coisas sãs.
O lábio cala,
Exala,
E dilata
Se há a voz macia.
O corpo grita
Curvas,
Arrepios
E tons afins.
O sangue ferve,
De suspirar...
Pele com pele.
E a alma pede,
Suavidades
Poder e sim.
A palavra brota,
Salva e transborda,
Sementes e sonhos
Para florescer só amor.
Pode fechar a porta.
A janela, a alma, o coração.
Não há mais o que envolver.
O que entregar.
Pode conservar o amor,
Caso queira.
Mas esconda por trás dos seus olhos
E brinque de esquecer.
Não quero mais te pertencer,
Sentir o gosto, tocar o corpo, chorar suas lágrimas...
Não quero mais a explosão no peito,
As cartas com suavidade e beijos
Nem os discos de vinil no meu quarto.
Feche a retina.
De repente já é tarde,
Mas a vida passa
E até onde vai a dor?
Chorei todas as angústias com seu nome,
E inventei palavras para te salvar.
Criei destinos certos, capazes, felizes.
E hoje aqui estou, incerta!
Sem pressa de (re)viver.
Interditada numa almofada de canto,
E salivando uma saudade que não ensaiei.
Sim, é tarde.
E a vida está gritando aos meus ouvidos.
Não posso inundar a casa de ausências,
Nem te conservar vestido de nada.
Ser inerte não me cabe,
Mas quero me doer um pouco mais
Só até o sol nascer,
Para o meu coração ascender,
E dentro de mim causar um bom tempo.
Minha palavra (por você) decanta sonhos.
Desejo, fúria, medo, contentamento...
Sentimentalidades naturais.
Nosso amor também. Acredito.
Exalto cada pedaço do nosso pertencimento.
De quando sou um bicho no cio que te deseja,
Uma fera estúpida e louca que esbraveja
O silêncio que por dentro te mata...
Mas sua mulher.
Esculpida por um amor natural, sublime e seu.
Complexa. (E tanto!)
Completa. (Seu encanto!)
Sua parte inteira sem espaço para vazios
Seu mundo calado, de canto, isolado.
Sou seu espaço reservado e mais de dentro possível.
Essa arte você me ensinou.
E sim, somos um.
Minha palavra (novamente ela),
Desenha cada pedaço seu por meu par de olhos fechados,
Com um sorriso sincero de canto,
E com um coração pulsando infinidades.
Sim, meu amor.
Viajaremos juntos para além de tanto sentimento
Para além de toda sorte, bem querer e completude.
E viveremos a alegria de envelhecer ao lado.
E de saber que o nosso tempo será para sempre.
Nesse caderno cabem muitos vazios.
Demasiadas vontades, faltas e querência.
Também aceitação, amor e saudade.
Deito-te todas as noites em meu coração
E te escrevendo (tento) resisto a esse desejo.
Entorpeço-me de palavras,
De inspiração para te ter
E sou seu amor que você desconhece; entre as linhas.
Entre os sonhos, nos nossos desencontros.
Te aceito onde estiver.
E quiser.
E sei que seu lugar é longe,
Distante de tudo que desenho todos os dias para nós dois.
Fiz nossa casa no campo.
Com todas as flores de sua cor feliz.
E um quintal de sentimentos. Sinceros
Enquanto não vem,
Vivo de te ensinar a ler meus olhos
Nos meus sonhos mais reais,
E me alcançar em poesias,
Reflexo do que sou.
Aqui dentro cabe nosso mundo inteiro.
Toda a espera, alma e certeza.
E também toda falácia (realista que sou).
Mas deixei a porta entreaberta,
Se um dia pulsar seu peito,
E seus olhos sorrirem aos meus...
Te aceitarei, livre e fiel.
E a alegria será viva dentro de mim.
Urgência.
Sou eu precisando de nós.
Não é inteiro saber só de você
Preciso de todos os laços,
Abraços e carícias.
Encontros e (des).
De todas as nossas manias
E suas roupas espalhadas pela casa.
Dos seus discos de Chico na vitrola de canto
Do seu suor molhando meu corpo
E do seu silencio de paz nos meus ouvidos.
Eu preciso de nós.
Dos sóis da nossa sorte, e de toda Primavera.
Dizer eu te amo como a primeira vez
E te esquecer num canto qualquer...
Como já me fez.
Preciso de todas as faltas
E com você perto, dentro, inteiro. Incerto
De toda saudade
Dos planos, dos olhos com sono no café da manhã.
E do seu sempre atraso.
Preciso da nossa madrugada
Do abajur ligado e seus livros de cabeceira.
Do beijo de boa noite quando eu fingia dormir.
E sorria por dentro.
Preciso de você dentro do meu abraço
Entrelaçados.
Preciso da sua volta
E você de mais razões?
Preciso da sua volta
(novamente)
Naquele segundo que o tempo pára, pra gente se entregar.
Urgência.
Sou eu precisando de nós.
Não é inteiro saber só de você
Preciso de todos os laços,
Abraços e carícias.
Encontros e (des).
De todas as nossas manias
E suas roupas espalhadas pela casa.
Dos seus discos de Chico na vitrola de canto
Do seu suor molhando meu corpo
E do seu silencio de paz nos meus ouvidos.
Eu preciso de nós.
Dos sóis da nossa sorte, e de toda Primavera.
Dizer eu te amo como a primeira vez
E te esquecer num canto qualquer...
Como já me fez.
Preciso de todas as faltas
E com você perto, dentro, inteiro. Incerto
De toda saudade
Dos planos, dos olhos com sono no café da manhã.
E do seu sempre atraso.
Preciso da nossa madrugada
Do abajur ligado e seus livros de cabeceira.
Do beijo de boa noite quando eu fingia dormir.
E sorria por dentro.
Preciso de você dentro do meu abraço
Entrelaçados.
Preciso da sua volta
E você de mais razões?
Preciso da sua volta
(novamente)
Naquele segundo que o tempo pára, pra gente se entregar.
Gosto de encontrar seus olhos,
Sua pele, seus poros, seu paladar.
Gosto das borboletas que me traz.
E do jardim de emoções que me enfeita.
Gosto também da sua falta,
Da sua fala distante
E da estrada que te leva além...
Desenho sua ausência toda vez que você vai
E é tanta lucidez no meu amor!
Que não posso parar
Tanto querer não permite
E é pecado te esquecer.
Fingir, e não te bendizer.
Sou colecionador de alegrias,
Da saudade, suavidade e coisas assim...
E espero seu sorriso voltar,
Pra fazer poesia em meus lábios,
Colorir meus olhos
E te sentir aqui dentro...
No baú das minhas memórias.


Eu pensei te acariciar nos meus braços de Outono. Mas o frio que tinta o nosso quarto revela a vasta imensidão de não ter você.
Eu te desejei enfim, até chorei por nós. Mas vi em pedaços todo aquele amor que um dia nos fez maior. 
E hoje, restou esse grito abafado (o silêncio que rompe esse céu já aberto) e a infeliz lembrança dos nossos olhos de tarde demais.
Desencontro com o amor. Não soubemos lapidar suas imperfeições tão perfeitas.
Pra você foi perda de tempo (que procura um abrigo imaginário na sua inaptidão de sonhar)
Pra mim falta de tato (quando achei ser capaz de te ensinar de amor).
Pobre do seu coração, capaz de subverter a coisa límpida nesse cenário de vazio e retenção.
Triste por você, somente um corpo. Pálido e sem pertencimento.
Agora entenda... Ainda que sem você saberei voar. Curado e alado.
E assim me aceite, como uma evolução do que você não soube ser
E me desperdice um pouco mais. Para que a solidão te ensine a sonhar.